segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Rentrée

Após um mês de reclusão, a líder da Oposição "despejou" grande parte daquilo que tinha a dizer em relação à actuação do Governo nos últimos tempos.
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Cumpre-se lembrar que da mesma forma que o Governo de um País não se compadece com um primeiro-ministro que apenas algumas semanas depois de recorrentes incidentes de insegurança se pronuncia, também não será aceitável que uma candidata a essas funções actue de forma semelhante.
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Quanto ao discurso, parece-me que MFL foi incisiva nos principais pontos: democraticidade do actual Governo (de resto um tema para o qual já há muito tempo se havia alertado, nomeadamente durante a liderança de Marques Mendes, com o brilhante discurso da "asfixia democrática" de Paulo Rangel, hoje líder parlamentar), a Economia (PME's, agricultura e emprego), a Saúde e a Segurança.
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O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, na sua linha básica de previsibilidade e de falta de independência política, lá veio dizer que tinha sido um discurso do "bota-abaixo", sem propostas. Bom, desde logo, nem me parece que a Universidade de Verão tivesse de ser um local para se dissertar sobre propostas do PSD para cada uma das áreas que MFL abordou. A lógica deveria ser (e, efectivamente, foi) a de fazer uma análise geral à actuação do Governo.
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Penso que MFL esteve bem no conteúdo (menos bem na forma de o expôr, mas é o menos relevante para a questão) e manteve alguma elevação no debate político. Com esta rentrée, espera-se que a sua postura seja mais activa - não "falar por falar", mas falar sempre que é preciso!

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