A situção é catastrófica e o cenário já é asfixiante para o mundo inteiro. O conflito israelo-palestiniano está longe de ter um fim à vista e o mundo (sobretudo os israelitas e palestinianos) aguardam que a nova Administração norte-americana imprima um novo rumo às negociações diplomáticas naquela região.
Parece-me legítimo que qualquer decisão sobre este caso deva contar com a opinião dos EUA, mas convém não esquecer que os EUA são um país independente e não uma organização humanitária - os EUA lutam pelos seus próprios interesses, como de resto qualquer país faz. Ou seja, se há mediador que deve haver para este conflito será o Secretário-Geral da ONU - caso contrário de pouco ou nada serve esta gigantesca organização.
De uma instituição mundial que visa lutar pela paz nada se ouviu em relação aos recentes incidentes na Faixa de Gaza - salvo um apelo à calma e à paz (mais próprios de um orientador espiritual, do que de um dirigente político). Vou ficando com a sensação de que para os políticos mundiais este conflito é algo intemporal e sem fim. Que, para eles, tudo aquilo que possam fazer não trará os resultados desejados e o máximo que podem conseguir será um cessar-fogo durante um período de tempo mais ou menos longo.
Da Administração norte-americana to be também nada se ouve sobre os recentes desenvolvimentos (ou recuos). Certo é que o que foi dito por Obama sobre a sua putativa política dialogante com o Irão constitui um imbróglio: perante as fortes respostas de Israel ao Hamas, já o ayatollah do Irão apelou a que todos os muçulmanos se revoltassem.
Espera-se que o enfoque que Obama e Clinton darão ao Afeganistão - não obstante a importância que este país merece - não renegue para um plano secundário o conflito israelo-árabe.
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