Já tinha publicado este poema noutras paragens, mas resolvo reapresentá-lo, agora no Bazar.
Um ser amado que desilude.
Escrevi-lhe.
É impossível que não me responda
aquilo que eu me disse a mim mesma
em seu nome.
Os homens devem-nos
o que imaginamos que nos vão dar.
Pagar-lhes esta dívida.
Aceitar que sejam diferentes
das criaturas da nossa imaginação,
é imitar a renúncia de Deus.
Também eu sou diferente
daquilo que imagino ser.
Saber isto,
é perdoar.
Simone Weil
“Pinturas” …
Há 1 ano
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