Sempre me mostrei muito reticente em ler em inglês livros que não fossem orginariamente escritos nessa língua.
Sempre achei que as nuances de uma determinada língua, ainda que detectadas por um bom tradutor, nem sempre seriam bem notórias para o leitor quando traduzida. E que o próprio estilo de escrita do autor da obra ficasse um pouco distorcido por uma tradução que, ainda que bem feita, não fosse capaz de desenhar todas as subtilezas da forma de escrever.
No entanto, tentando desmistifcar este meu preconceito, comprei To the capital, isto é, A Capital, de Eça de Queiroz, numa versão traduzida por John Vetch, aproveitando um vale da Bertrand.
Infelizmente, confirmei as minhas expectativas. Sinceramente, penso que o velho Eça ficaria tão desiludido com aquilo que é apresentado àqueles que não falam Português... Não ponho em causa a qualidade da tradução (de resto, dificilmente poderia avaliar esse trabalho), mas a tal subtileza da escrita e das palavras de que há pouco falava passa muito ao lado da tradução. Ontem pus-me a imaginar de que forma terá Eça de Queiroz escrito aquilo que eu lia em inglês e o variado vocabulário que terá utilizado para retratar todas aquelas circunstâncias.
Claro que muitos dos livros que já li são eles mesmo fruto desta falha, uma vez que a grande maioria dos livros de autores estrangeiros que tenho está em Português. A verdade é que me habituei ao estilo de escrita desses autores numa versão já traduzida para Português e, portanto, também me habituei às faltas que isso acarreta.
Agora, tendo um termo de comparação entre Eça na sua versão original (com todas as maravilhas que a sua escrita tem) e uma versão traduzida, devo dizer que se torna muito redutor falar sobre este autor com base na versão não original.
Sempre achei que as nuances de uma determinada língua, ainda que detectadas por um bom tradutor, nem sempre seriam bem notórias para o leitor quando traduzida. E que o próprio estilo de escrita do autor da obra ficasse um pouco distorcido por uma tradução que, ainda que bem feita, não fosse capaz de desenhar todas as subtilezas da forma de escrever.
No entanto, tentando desmistifcar este meu preconceito, comprei To the capital, isto é, A Capital, de Eça de Queiroz, numa versão traduzida por John Vetch, aproveitando um vale da Bertrand.
Infelizmente, confirmei as minhas expectativas. Sinceramente, penso que o velho Eça ficaria tão desiludido com aquilo que é apresentado àqueles que não falam Português... Não ponho em causa a qualidade da tradução (de resto, dificilmente poderia avaliar esse trabalho), mas a tal subtileza da escrita e das palavras de que há pouco falava passa muito ao lado da tradução. Ontem pus-me a imaginar de que forma terá Eça de Queiroz escrito aquilo que eu lia em inglês e o variado vocabulário que terá utilizado para retratar todas aquelas circunstâncias.
Claro que muitos dos livros que já li são eles mesmo fruto desta falha, uma vez que a grande maioria dos livros de autores estrangeiros que tenho está em Português. A verdade é que me habituei ao estilo de escrita desses autores numa versão já traduzida para Português e, portanto, também me habituei às faltas que isso acarreta.
Agora, tendo um termo de comparação entre Eça na sua versão original (com todas as maravilhas que a sua escrita tem) e uma versão traduzida, devo dizer que se torna muito redutor falar sobre este autor com base na versão não original.
1 comentário:
Como eu te compreendo! Agora acho que compreendes o que é que me fez devorar o Harry Potter inglês!!! Os primeiros li em português, porque ainda não conseguia ler em inglês, e perdeu mais de metade da piada!
Sempre que penso nas traduções de literatura (sim, já pensei muitas vezes nisso), imagino o grande Fernando Pessoa e os seus inúmeros traduzidos!
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