quinta-feira, 24 de julho de 2008

Silly season

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Ao longo destes dias de férias (de estudo e, como se viu, de postagens no Bazar), foi possível ver que a chamada silly season já começou... Entrou de mansinho, mas é interessanter (ou não) ver que as notícias que dantes surgiam no telejornal mesmo no fim (ou às vezes nem surgiam), agora aparecem ao fim de uns 10 minutos de emissão!
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Enfim, nada que apenas procure evitar situações mais constrangedoras...
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domingo, 13 de julho de 2008

União com o outro lado do Mediterrâneo

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Em momentos de crise e não sabendo bem como lidar com os problemas (como se viu na cimeira de Hokkaido do G8), nada melhor do que inventar programas alternativos que permitam dar uma imagem de aparente resolução de problemas.
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Talvez em grande parte com este intuito, mas - estou convencido - também por me parecer ser um projecto sustentável, foi hoje oficializada a União para o Mediterrâneo, sob a chancela de Paris.


A azul os membros previsíveis para compôr a UPM; a cinzento escuro aqueles que se vieram a juntar.

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Esta organização - que surge como a concretização do Processo de Barcelona de 1995 - procurará focar a sua acção no desenvolvimento económico da região (UE e outros Estados da Europa não-UE e países do Norte de África e do Médio Oriente), nas questões energéticas, de segurança marítima, mobilidade, educação e investigação.
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A meu ver, tudo o que possa contribuir para a aproximação da Europa ao Magrebe e contribuir para o reforço no papel da UE no Médio Oriente será bem-vindo, sobretudo quando se pode potenciar as vantagens da comunhão do Mediterrâneo.
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De resto, fazendo jus à cidade em que se protagonizou o arranque desta ideia, veria com bons olhos que a sede da nova instituição estivesse em Barcelona, apoiando a candidatura já apresentada por Zapatero, a par das de Malta, Marrocos e Tunísia. Sarkozy vê, assim, cumprido um dos objectivos da sua presidência da UE e concretizada uma ideia por si já defendida há algum tempo.
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sábado, 12 de julho de 2008

Objectivo a falhar...

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"Desemprego aumenta para 7,5% em Maio"
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E aproveito ainda para sugerir uma vista de olhos por excertos de um discurso de José Sócrates em 2003, no 31 da Armada.
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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Perdão

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É, para mim, das mais bonitas orações de Madre Teresa de Calcutá sobretudo porque consegue ser particularmente personalizada...
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"Quero que saibas que cada vez que Me convidas, eu venho sempre, sem falta. Venho em silêncio e de forma invisível, mas com um poder e um amor que não acabam. Não há nada na tua vida que não tenha importância para Mim.
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Sei o que existe no teu coração, conheço a tua solidão e todas as tuas feridas, as tuas rejeições e humilhações. Eu suportei tudo isto por causa de ti, para que pudesses partilhar a Minha força e a Minha vitória. Conheço, sobretudo, a tua necessidade de amor.
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Nunca duvides da Minha misericórdia, do Meu desejo de te perdoar, do Meu desejo de te bendizer e viver a Minha vida em ti, e que te aceito sem Me importar com o que tenhas feito. Se te sentes com pouco valor aos olhos do mundo, não importa. Não há ninguém que Me interesse mais no mundo do que tu.
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Confia em Mim.
Pede-Me todos os dias que entre e que Me encarregue da tua vida e eu o farei. A única coisa que te peço é que confies plenamente em Mim. Eu farei o resto.
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Tudo o que procuraste fora de Mim só te deixou ainda mais vazio. Portanto, não te prendas às coisas passageiras. Mas, sobretudo, não te afastes de Mim quando caíres. Vem a Mim sem demora, porque quando Me dás os teus pecados, dás-Me a alegria de ser o teu Salvador. Não há nada que Eu não possa perdoar.
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Não importa o quanto tenhas andado sem rumo, não importa quantas vezes te esqueceste de Mim, não importa quantas cruzes levas na tua vida. Tu já experimentaste muitas coisas, no teu desejo de seres feliz. Por que é que não experimentas abrir-Me o teu coração, agora mesmo, mais do que antes?"
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Madre Teresa de Calcutá
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quarta-feira, 9 de julho de 2008

A falha de Obama

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Devo dizer, desde já, que simpatizo com o candidato democrata às presidenciais dos EUA. Mais do que aquilo que possa defender, Barack Obama vale - e muito - pela imagem que tem e que, sobretudo, passará a dar aos EUA. É símbolo de uma mudança nos EUA - não que essa mudança seja tão forte a ponto de ter um homem não-branco na presidência (o que traz previsíveis problemas à sua segurança), mas a verdade é que o mundo assiste a uma radical mudança do rosto principal da (ainda) maior potência do Mundo.
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No entanto, Obama na presidência preocupa-me um tanto no que diz respeito à política externa do seu país. Há algumas semanas disse que, uma vez eleito, gostaria de conversar com Ahmadinejhad, presidente do Irão. McCain perguntou, compreensivelmente, o que poderá ter um presidente dos EUA para conversar com um homem como Ahmadinejhad. A dúvida permanece...
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A questão agudiza-se quando se vê a tensão entre Israel e o Irão num período de "paz armada". Supondo que o conflito estala e, inevitavelmente, os EUA se colocam ao lado de Israel, o que fará Obama à sua política tão dialogante? Estará o líder do Irão disposto a receber um dos homens que, à data, poderá ter mandado bombardear o seu país para agora ouvir dizer mal do seu programa nuclear?
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Se McCain peca por ser, grosso modo, uma sequência de Bush, Obama, a ser eleito, parece-me que se tornará num flop! Julgo que as políticas que apregoa o farão entrar em contradições ou então abrir rupturas graves com o passado dos EUA, questionando uma série de alianças.
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Lufada de ar fresco é, mas parece-me crucial que o seu vice-presidente seja um verdadeiro estratega da política internacional para colmatar as falhas de Obama e para ajduar a corresponder às altas expectativas nele colocadas.
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domingo, 6 de julho de 2008

Ingrid

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Recomendo a leitura do artigo sobre a libertação de Ingrid Betancourt – o maior rosto dos cerca de 700 reféns das FARC – no primeiro caderno do Expresso desta semana.
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Recorde-se os constantes entraves às relações do Equador de Correa e da Venezuela de Chavez com a Colômbia de Uribe. Recorde-se a habilidade, o trabalho de bastidores e a eficácia da operação de resgate de Ingrid Betancourt, protagonizada pelo Governo de Bogotá, procurando a cooperação dos serviços secretos israelitas e norte-americanos, conseguido este feito notável, sem ter sido disparado um único tiro. Recorde-se todo o trabalho de bastidores, sem aparatos e mediatismos. Recorde-se ainda que Uribe não surgiu na televisão dando uma conferência de imprensa ao lado dos ex-reféns (como Chavez fez, como se de um acto de propaganda se tratasse). Recorde-se ainda que Chavez demorou 24 horas a felicitar Uribe.
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Recorde-se que o PCP não apoiou o voto de congratulação pela libertação de Ingrid Betancourt.
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sexta-feira, 4 de julho de 2008

What a difference a day makes...

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What a difference a day made, por Jamie Cullum.
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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ferreira Leite e os "casamentos" homossexuais

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Não vi a entrevista que Manuela Ferreira Leite deu a Constança Cunha e Sá, na TVI. No entanto, a maioria das notícias que tenho visto e os excertos que tenho visto incidem muito sobre a posição da nova presidente do PSD sobre os "casamentos" homossexuais.
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Sobre este assunto, MFL disse que logicamente aquilo que estava em causa não era a relação entre um casal homossexual - o que diz exclusivamente respeito ao casal -, mas a atribuição do mesmo estatuto a um casal homossexual e a outro heterossexual.
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MFL afirma - e subscrevo inteiramente - que admite "que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual." E acrescenta: "É uma realidade. Chame-lhe o que quiser, não chame é o mesmo nome. Uma coisa é casamento, outra coisa é qualquer outra coisa". Trata-se por igual o que é igual e por diferente o que é diferente.
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O casamento é uma instituição com séculos e que pressupõe pessoas de sexo diferente. Não tenho nada que ver com o facto de haver quem opte por querer viver com pessoas do mesmo sexo, mas isso não significa que a instituição do casamento seja mudada sem mais. Se as faz mais felizes, o Estado pode e deve, em meu entender, reconhecer o direito à união de facto de pessoas do mesmo sexo, ou até chamar-lhe um outro nome qualquer, mas que não casamento porque não o é. Se há política familiar a ser promovida pelo Estado é, por certo, no sentido dos casamentos heterrossexuais e no sentido da procriação.
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Li na última edição da revista Única, do Expresso, que havia na Alemanha lares exclusivos para casais homossexuais. Foi uma reportagem que me apanhou de certo modo de surpresa, naturalmente, já que não é propriamente um lugar-comum. No entanto, não sendo eu contra esse tipo de instituições, aquilo a que me oponho é à atribuição de subsídios ou ao seu financiamento por parte do Estado.
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