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domingo, 5 de julho de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

Haja responsabilidade!

Coisa rara: foi possível ouvir vozes responsáveis vindas da direcção da bancada parlamentar do PS!
Só Pedro Nuno Santos para ter a peregrina ideia de distribuir preservativos nas escolas secundárias! Em boa hora, Maria de Belém e José Junqueiro vieram colocar as suas reservas a essa proposta. Como ironizou José Junqueiro, achará Pedro Nuno Santos que como se distribui preservativos no Carnaval do Rio de Janeiro se pode fazer o mesmo com miúdos de 15, 16, 17 e 18 anos (e mais, nalguns casos)?
Por que será que a tónica comum das propostas do PS passa não por ir à raiz dos problemas mas sim por oferecer a solução final e mais fácil? Qual a lógica de aprovar uma proposta de educação sexual nas escolas quando o princípio que lhe subjaz é o facilitismo e não a responsabilidade?

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Papa e os media

Permito-me não me debruçar sobre aquelas que entendo serem as prioridades para a política externa do Estado do Vaticano, avaliando objectivamente a estadia de Bento XVI em África. Parece-me que a visita foi globalmente positiva.
Claro que assim que o Papa satisfez o desejo ardente dos jornalistas e falou dos métodos contraceptivos, mediaticamente a viagem ficou arruinada. Pouco interessou às pessoas que Bento XVI tivesse sido a única personalidade política (sim, lembremo-nos de que o Papa é chefe de Estado) dos últimos anos (décadas?) a denunciar em África, à frente dos estrategas e das cabeças daqueles regimes, a injustiça, as desigualdades e a corrupção existentes naquele continente. Claro que isto passou ao lado da opinião pública, e, de forma geral, a visita do Papa a África resumiu-se àquelas declarações sobre o preservativo.

Incompetência dos media, que não fizeram uma cobertura profissional da visita; e pouca perspicácia do Papa, que foi repetir algo que já todos sabiam e que previsivelmente iria condenar o périplo.

terça-feira, 3 de março de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Os pré-conceitos da sociedade

Escrevia João Pereira Coutinho há uns dias:
"Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe, jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas, a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Aborto: dois anos depois

Pudesse eu votar há exactamente dois anos, e teria votado Não. Hoje, mais convictamente ainda o faria. Por questões de forma e de conteúdo.
1. Para mim, a regra é clara: aborto nunca! Como para qualquer regra, há excepções. Que excepções deverão então existir? Situações absolutamente graves a ponto de... serem justamente excepções! Ou seja: violação, grave deformação do feto ou risco de vida da mulher. Ponto!
2. A linha de pensamento vigente é a de que a mulher está no seu direito de dispôr do seu corpo. A mulher é dona do seu corpo. Acho isso tudo muito bem... mas pergunto: o que é que isso tem que ver com a questão do aborto? A criança é porventura algum órgão extra de carácter temporário e que ao fim de 9 meses é expelido do organismo da mulher? O feto tem um código genético diferente, é uma pessoa diferente, é algo distinto da mãe! Custa-me que nem isto seja consensual: o feto é uma criança que está dentro da barriga da mãe, e não uma parte da barriga da mãe!
3. Este tempo da nova lei do aborto tem deixado claro que, infelizmente, o aborto hoje é um método contraceptivo. É uma pílula do dia seguinte. E é-o por via da mentalidade de hoje – o álcool ou "a idade" são justificações comummente válidas para ter relações sexuais sem métodos contraceptivos. "Ah, foi do momento!", "Ah, na altura não dava!", "Ah, no calor do momento não nos lembrámos!"... E como são novinhos, têm a escola para acabar, é lugar comum considerar-se não que se vai tirar uma vida, mas sim que se vai garantir dois futuros brilhantes e cheios de sucesso (ou não, mas para o caso é irrelevante…). Conclusão: estranhamente (ou não), o aborto não é posto em função da criança! Numa sociedade que se afirma como querendo defender os mais fracos, os mais indefesos, etc. e tal, a pessoa mais vulnerável neste processo é aquela que por força da lei e da vontade popular é remetida para segundo plano!
4. Querem fazer sexo? À vontade! Mas meus amigos: se se consideram suficientemente maduros para terem relações sexuais, serão também maduros para saberem que há responsabilidades. Máxima liberdade, máxima responsabilidade!
5. Esta lei seria viável (e, ainda assim, dela discordaria por uma questão de princípio mas não de consequências práticas) numa sociedade em que as decisões fossem sempre iluminadas pelo bom senso. Mas a própria prática nega isso mesmo, portanto, ainda que reconheça que a anterior lei não fosse perfeita, parece-me que era claramente preferível à actual.
6. Dizia o Sim que era chocante apelidar de criminosa uma mulher que abortasse fora das circunstâncias previstas anteriormente na lei. E votar Sim não foi dizer que serão criminosas todas aquelas que abortarem depois das 10 semanas, como de resto recentemente aconteceu numa clínica ilegal?
7. Realizou-se este referendo devido a preocupações sociais. Ora, se a opção da despenalização do aborto não visa simplesmente recorrer a um meio mais facilitista, pergunto: que tem o Estado feito, p.e., pelas adolescentes grávidas que tentam não abortar? É que na verdade já desde 98 que os movimentos pelo Não andam em trabalho de campo, no dia-a-dia, em associações que acolhem crianças ou que apoiam jovens grávidas, mas ao Sim só vejo mexer-se em 98 e em 2007 para organizar campanhas.
8. Importa ainda enquadrar no tempo a realização do referendo: o Governo dito socialista, que na sua governação estava a ser tudo menos socialista, tinha de satisfazer os desejos da esquerda. Este referendo para mim - e pela atenção que tem sido dada (ou não) ao aborto desde então - não foi mais do que um rebuçado que Sócrates deu ao eleitorado da esquerda descontente com o seu Governo. Ou seja: fazerem-me de parvo, não, obrigado!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Que prioridades?

Impressiona-me ver o gap que se tem acentuado entre as altas instituições da Igreja (repito: altas instituições da Igreja) e as pessoas.
O mundo vive momentos difíceis e sinto que a imagem que a Igreja passa sobretudo para os não-crentes - uma vez que os católicos, pedras constituintes da própria Igreja, conhecem melhor o trabalho que esta desenvolve no terreno, no dia-a-dia - não é a melhor. Vejo um Papa com prioridades não coincidentes com as do mundo e que não vão ao encontro dos problemas dos homens. O ponto nem é a radicalização das suas posições em certos aspectos, mas sim o reduzido envolvimento nas grandes questões mundiais.
De Bento XVI exigir-se-ia a criação de um movimento que pensasse a actual crise financeira, que pusesse a Igreja a trabalhar em linhas condutoras, como fizeram João XXIII na Mater et Magistra, Paulo VI na Gaudium et Spes e na Populorum Progressio ou João Paulo II em infindáveis intervenções. Da Igreja não se exigem soluções para a crise, mas espera-se não só palavras de esperança no mundo mas também uma noção de acompanhamento da situação e de uma postura pró-activa.
Os princípios de defesa da vida já o mundo conhece. Aquilo que as pessoas precisam de ver é um Papa a visitar as sociedades ocidentais capitalistas em queda, e aí, junto delas, oferecer o seu apoio e o da Igreja; visitar um Médio Oriente que vive em sobressaltos dia após dia; ir a uma Ásia onde a Igreja entra com dificuldade. A Igreja não pode bipolarizar a sua acção no discurso da vida humana e no apoio aos países subdesenvolvidos. Na linha de João Paulo II, penso que deve enquadrar-se na sociedade moderna e virar-se para os problemas que a atingem, como até já fez Paulo VI na carta apostólica Octogesima Adveniens, onde alertava para os problemas sociais gerados pelo progresso científico, para a urbanização, para os media e para o ambiente.
João Paulo II ganhou o respeito que ganhou porque conquistou o mundo ao falar a mesma linguagem, viver os mesmos problemas e trabalhar ao lado dos homens. E é isso que o mundo espera (das altas instituições) da Igreja.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pouco noticiável

José Manuel Fernandes, no Público: "O grande problema são os milhares de empresas que estão a dispensar um ou dois trabalhadores. As empresas que não são notícia nem dão palco a nenhum ministro."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Portugal no Mundo

Fico - ficamos, suponho - satisfeito por ver um Português ganhar a distinção que ontem Cristiano Ronaldo ganhou. Sobretudo um Português que não se pinta como sendo Espanhol e que faz questão de vincar bem as suas raízes.
A Argentina tem o Maradona, e Maradona será para sempre um símbolo daquele país. Também Portugal ficará eternamente "colado" a Cristiano Ronaldo. É uma publicidade ao nosso País que não tem qualquer preço, mas que valerá muito mais do que outras campanhas que se possam tentar fazer.
Mas sejamos justos, e fale-se não só da distinção que Portugal recebeu das mãos da FIFA, mas também daquela que recebeu da presidência do Parlamento Europeu, ao conceder à sua Biblioteca o nome Francisco Lucas Pires.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Curiosidades do Natal II

Qual a origem da árvore de Natal?
A tradição da árvore de Natal é de origem germânica e data do tempo de S. Bonifácio. Foi adoptada para substituir os sacrifícios do carvalho sagrado ao deus pagão Odin, festejando-se uma árvore em homenagem ao Deus Menino. A árvore aparece muito na Sagrada Escritura como símbolo da vida e da perenidade. Foi trazida para Portugal no século XIX pelo rei consorte de D. Maria II, D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha.
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De onde vem o nome da Missa do Galo?
Antigamente, nalgumas aldeias espanholas e portuguesas, era costume levar-se um galo vivo para a Igreja para que ele cantasse na missa da meia noite. Se cantasse, era sinal de bom ano de colheitas.
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Qual a história do Pai Natal?
No século IV, Nicolau, bispo de Mira, tinha o hábito de distribuir presentes entre os pobres, mas não gostava que lhe agradecessem. A fama correu o mundo e, mesmo depois da sua morte, as crianças holandesas acostumaram-se a colocar os sapatos à porta de casa, esperando a visita de S. Nicolau. Faziam-no na noite de 5 para 6 de Dezembro. Mais tarde, o costume passou para outros países que, em vez de festejarem S. Nicolau a 6 de Dezembro, mudaram a data para a noite de Natal e passaram a chamar Pai Natal àquele que ia levar os presentes. Tudo o resto é invenção da Coca Cola.
Adaptado de um folheto distribuído pela paróquia de S. João Baptista (Lumiar)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Curiosidades do Natal I

Porquê 25 de Dezembro?

Como no mistério de Cristo o mais importante é a Páscoa, a Igreja de então pouco se preocupou com a data do nascimento de Jesus. Segundo a opinião mais corrente a escolha desta data foi para dar sentido cristão a uma festa pagã. Em 274, o Imperador Aureliano oficializou o culto ao sol invicto, mandou construir um templo e fixou a sua festa a 25 de Dezembro que, segundo a astronomia do tempo, era considerada a data do solstício do Inverno. Depois dos cristãos terem liberdade de culto, passaram a festejar esta data como o nascimento de Jesus, o Sol de Justiça, a Luz do Mundo.

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Qual a história do Presépio?

Há quem diga que as primeiras representações do presépio já vêm do século IV mas foi em 1223 que algo de extraordinário se passou e que passou a divulgar-se por todo o mundo: Francisco de Assis mandou preparar uma manjedoura cheia de feno e colocou perto dela um boi e um jumento. Sobre a manjedoura foi posto um altar para se cantar a missa da meia noite. O santo assistiu como diácono. Pela consagração do pão e do vinho, Jesus esteve presente naquele altar-manjedoura. Um dos assistentes teve a visão de que na manjedoura dormia uma criança e de que S. Francisco se aproximou dela para a acordar.
Adaptado de um folheto distribuído pela paróquia de S. João Baptista (Lumiar)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

"Para acender a chama revolucionária que há em ti"

Numa troca de presentes entre amigos, tive a felicidade de receber um magnífico presente: Les Slogans de 68, de Jean-Philippe Legois.
O livro fala, naturalmente, do Maio de 68, e vem recheado de palavras de ordem da época, símbolo do calor revolucionário e do pendor sonhador que inevitavelmente lhe subjaz.
Perante tão amigável provocaçãozinha, não podia deixar de transcrever uns pares de citações:
- Soyons à la mesure de nos rêves.
- L’action ne doit pás être une réaction mais une création.
- Penser ensemble, non! Pousser ensemble, oui!
- Soyez realistes, demandez l’impossible!
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Nota: Este post vai acompanhado com um beijinho a quem de direito, pelo dia de hoje!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Cliché (mas não menos verdade)

O Natal já se instalou há umas boas semanas.

Competentes, as pessoas levam a sério a sua função de cumprimento de (quase) todas as exigências natalícias dos seus amigos, familiares, conhecidos, pessoas-com-quem-mal-se-fala-mas-a-quem-é-simpático-oferecer-um-presente.
Organizadas, vão assinalando com um V os presentes já comprados e assim diminuindo a sua lista de afazeres.
Empenhadas, as pessoas passarão uns largos pares de dias enclausuradas em centros comerciais.
Generosas, fecharão os olhos à crise e aos investimentos familiares que não farão no próximo ano - de recessão - para contemplar cada singularidade que conheçam com um regalo natalício.
Felizes, dia 25 (ou dia 24, porque o dia de Natal é cada vez mais na sua própria véspera, e de preferência antes da meia-noite porque os petizes não se querem ir deitar sem antes receber os presentes) as pessoas abrirão os presentes prévia e criteriosiamente escolhidos por si mesmas.
Eis o Natal! De facto, vê-se mesmo que estamos no Advento! Já toda a gente se prepara para o Natal...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Humanidade clínica

O neuropediatra Nuno Lobo Antunes publicou recentemente um livro chamado Sinto Muito, onde relata muitas das experiências que viveu enquanto médico. Ou, melhor dizendo, experiências que viveu enquanto homem, e que foram postas no seu caminho em virtude de ser médico.
O livro não aborda a componente clínica que subjaz a qualquer uma das doenças ali em causa, mas sim a perspectiva humana em momentos de dor - para o doente e para a sua família.
Para além disso, o tipo de escrita e a sua estrutura - pequenas histórias de 2/3 páginas - tornam o livro de leitura muito acessível.
A entrevista do Dr. Nuno Lobo Antunes à RTP a propósito deste livro pode ser vista aqui.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

As prioridades do mundo

O mundo tem hoje prioridades efémeras. Permitiu-se reger ao ritmo do mediatismo e do interesse momentâneo, orquestrados pela batuta simplória de um povo cada vez mais escolarizado, mas que parece cada vez menos verdadeiramente interessado pelo seu mundo.

Olhamos para trás e vemos o indescritível movimento que, deste lado do mundo, apoiava Timor, do outro lado, aquando da sua luta pela independência. Constatamos como funcionaram as campanhas de solidariedade pelas vítimas do tsunami no sudeste asiático há uns anos atrás (lembrar-se-ão ainda dos telefonemas que se podia fazer para angariar fundos?). Assistimos, mais recentemente, com preocupação, às hesitações do regime timorense, ainda débil e pouco maduro. Sensibilizámo-nos uns quantos dias com umas notícias que nos chegavam no Darfur, no Sudão, ao mesmo tempo que refastelados no sofá íamos ouvindo da televisão que tinham morrido na noite anterior “mais uns” soldados no Iraque… ou no Afeganistão… ou em muitos outros sítios possíveis no planeta. E – também porque envolveu a nossa presidência da UE – fomos acompanhando os problemas no Zimbabué.

Quem hoje ler as notícias, há-de pensar que todos estes problemas se solucionaram e que apenas temos dois problemas: um mundial – a crise financeira – e um nacional – a Educação. E vamo-nos também entretendo com os pitorescos episódios que muitos bons actores sociais-democratas vão fazendo questão de protagonizar. Nos últimos dias, até a crise financeira passou para segundo plano, dados os incidentes em Bombaim.

Como podem as lideranças mundiais querer resolver os conflitos à escala planetária quando se regem pela volatilidade dos interesses e pelas bandeiras passageiras do povo?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Analfabetismo político

Palavras sábias de Bertold Brecht...
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O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Não sabe que tudo na sua vida depende das decisões políticas. É tão desinformado que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Desconhece que da sua ignorância política - da alienação e da omissão - nascem a prostituição, a miséria, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político corrupto, vigarista e demagogo.
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

As bandeiras da esquerda

Manuel Alegre lamentou que a Juventude Socialista apenas fale de temas "que estão na moda", como é o caso dos "casamentos" homossexuais. É extremamente honroso olhar para um partido político - seja ele qual for - e verificar que há pessoas que, por terem um determinado estatuto, têm um desprendimento e uma independência tais que lhes permite intervir sobre os pontos que efectivamente entendem.
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Aquando da sua eleição como Secretário-Geral daquela organização, há uns meses, Duarte Cordeiro afirmou que os "casamentos" homossexuais eram uma questão "absolutamente prioritária" para a nova direcção da JS. Por seu lado, o Bloco de Esquerda e Os Verdes abriram esta sessão legislativa com iniciativas no sentido de avançar com os "casamentos" homossexuais, e, no caso do BE, de permitir também a adopção.
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Pergunto-me: no dia em que (se) o aborto estiver totalmente liberalizado, os "casamentos" homossexuais institucionalizados, a eutanásia em todas as circunstâncias possíveis implementada e as touradas extintas, quais vão ser as bandeiras da esquerda?
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Será que só aí é que vão de facto começar a trabalhar no sentido do desenvolvimento social?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cortesia ou subserviência?

Há umas semanas, na quarta maior cidade de um país da Europa central, um taxista, gentilmente, ajudava-nos a pôr e a tirar as malas no/do carro, para além de ainda ter a delicadeza de fechar a porta à minha mãe.
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No mesmo dia, na capital desse mesmo país, um outro taxista permanecia dentro do seu carro enquanto nós colocávamos a bagagem no porta-bagagens e íamos entrando no taxi.
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Infelizmente, vê-se que a tendência actual e proeminente é a segunda. Parece que - neste caso os taxistas - sentem que este tipo de simpatia é um acto de subserviência perante a outra pessoa e, sofrendo de um certo complexo de inferioridade social, sentem a necessidade de se afirmar desta forma pouco digna.
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Tende muitíssimo a confundir-se cortesia com subjugação e educação com formalidade.

sábado, 30 de agosto de 2008