sexta-feira, 19 de setembro de 2008

As bandeiras da esquerda

Manuel Alegre lamentou que a Juventude Socialista apenas fale de temas "que estão na moda", como é o caso dos "casamentos" homossexuais. É extremamente honroso olhar para um partido político - seja ele qual for - e verificar que há pessoas que, por terem um determinado estatuto, têm um desprendimento e uma independência tais que lhes permite intervir sobre os pontos que efectivamente entendem.
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Aquando da sua eleição como Secretário-Geral daquela organização, há uns meses, Duarte Cordeiro afirmou que os "casamentos" homossexuais eram uma questão "absolutamente prioritária" para a nova direcção da JS. Por seu lado, o Bloco de Esquerda e Os Verdes abriram esta sessão legislativa com iniciativas no sentido de avançar com os "casamentos" homossexuais, e, no caso do BE, de permitir também a adopção.
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Pergunto-me: no dia em que (se) o aborto estiver totalmente liberalizado, os "casamentos" homossexuais institucionalizados, a eutanásia em todas as circunstâncias possíveis implementada e as touradas extintas, quais vão ser as bandeiras da esquerda?
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Será que só aí é que vão de facto começar a trabalhar no sentido do desenvolvimento social?

2 comentários:

ASL disse...

Acabo de ler que "Pedro Nuno Santos [ex-secretário-geral da JS]criticou ainda Manuel Alegre «por não dar prioridade a questões de igualdade»".
É uma afirmação que, vinda de um "miúdo" de 30 anos, nem merece comentários... Como disse uma vez Mário Soares sobre Paulo Portas, "primeiro, ele que faça obra, depois falamos..."!

Tiago disse...

No dia em que tudo isso acontecer, para além da esquerda publicitária e internacionaleira, terá também desaparecido a Nação! Pelo menos, parte considerável, tradicional e que não mais voltará, de Portugal.

Um atentado a séculos e séculos de História, de costumes, de respeito pelo Homem, pela harmonia natural, ao exemplo de corajosas figuras lusas e a todo um mundo civilizado antigo que desmoronará(se até lá forças relevantes de mundividência esclarecida o permitirem). Tudo pela "modernidade" (que muitos desconhecem ter sido iniciada por cá no século XVI, através de um decisivo contributo nacional à humanidade) e por aproximações a realidades que nada nos dizem e em nada se integram nos moldes da portugalidade.

Abraço, Tiago