domingo, 5 de julho de 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Só não "safou" o seu...

Se há coisa que não se pode apontar a Manuel Pinho é a incoerência. Foi, do início ao fim, sempre o mesmo. Tão pouco hábil, tão desajustado, tão caricato, tão ridicularizável... até no próprio dia em que é demitido.
No Parlamento fez o que fez, à saída da sala das sessões diz que obviamente que não se demite enquanto continuar a "safar" (Manuel Pinho dixit) empregos, depois tratam de o abafar de vez do Governo e, depois de em Outubro de 2008 dizer que a crise já tinha passado, depois de vender Portugal na China como um país de mão-de-obra barata, depois de dar a cara por uma política económica que despreza as PME e que só valoriza as grandes empresas, S. Exa. vai dar uma entrevista à Sic Notícias! Sublime! (O que foi chato, diga-se, porque ontem o António Ribeiro Telles teria imenso gosto em o ter a seu lado no Campo Pequeno!)
O que diz? Explica as gaffes (enterrando-se ainda mais), louva José Sócrates (olha quem!), diz que vai gozar umas belíssimas férias e, num momento em que o desemprego está como está, mostra-se o mais tranquilo possível quanto à facilidade que vai ter em arranjar um emprego!
Mas enfim, conseguiu internacionalizar Portugal: é capa de hoje do El Pais!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um voto de louvor, não?


Vítor Constâncio chocou-se no Parlamento com algumas "distorções" que deputados fizeram por referirem que as fraudes associadas ao BPN estavam perto de 2500 milhões de euros. Defendendo-se, o Governador sossega os deputados esclarecendo: "Daquilo que resulta exclusivamente de fraudes e irregularidades [o buraco do BPN] é algo muito inferior a mil milhões de euros".
Ah, então pronto! A supervisão do Banco de Portugal já nem se põe em causa...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Portugal laranja: novo fôlego

Até Domingo passado, ninguém dava crédito ao PSD e à direcção de MFL - hoje, a maioria absoluta do PS está fora de questão e a vitória do PSD nas legislativas é algo por que vale ainda mais a pena lutar.
A senhora por quem ninguém dava nada, que até Domingo era ridicularizada por tudo e todos, que ninguém levava a sério, hoje é vista como uma pessoa determinada, que quando encontra uma boa solução (ou um bom candidato) luta contra ventos e marés para que o seu projecto singre. Não se condiciona por sound bites. MFL mostrou ser forte, determinada e uma verdadeira líder.
O PSD apareceu nos jornais de segunda-feira logo com um crédito que há muito não se via - o PSD e os Portugueses vivem um momento de reaproximação.
Para além da imensa derrota do PS de Sócrates (que perdeu 5 eurodeputados e obteve pouco mais de 1/4 dos votos quando tem maioria absoluta na AR), houve também uma derrota das políticas socialistas pela Europa fora. Onde o PS era Governo, ganhou a oposição; onde o PPE era Governo, ganhou o Governo. Ou seja: estas eleições não foram simplesmente votos de protesto contra os Governos; foram votos de oposição às políticas de esquerda e de fortalecimento da Direita.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Que grande campanha!

O PS está em alta!
Primeiro, a clara "falta de jeito" de Vital Moreira para fazer campanha (coisa que Sócrates apontava a Manuela Ferreira Leite, mas que talvez tivesse sido mais útil se soubesse avaliar essa capacidade no seu candidato europeu).
Segundo, as constantes gaffes de Elisa Ferreira.
Terceiro, o magnífico imposto europeu que Vital Moreira - em plena época de crise - resolve propôr... e para continuar a saga, as diferenças de opinião em relação às propostas do PS que a candidata Elisa Ferreira tem em relação ao seu próprio cabeça-de-lista.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

(um pequeno parêntesis)

Este é o típico post que nunca pensei que tivesse de escrever porque até soa a presunção e a moralismo. Mas convenhamos: quando eu vou a casa de uma pessoa - sobretudo quando não a conheço (bem) - tenho respeito pela pessoa e pela casa, e o mínimo é ser educado, logo, não aceito que se desdobrem em chorrilhos de palavrões.
Como o Bazar Diplomático é a minha casa na blogosfera, as regras aqui são exactamente as mesmas. E como tenho a moderação de comentários activada, quero informar que daqui para a frente vou continuar a não aceitar os comentários ofensivos e que me dispenso de justificar a cada pessoa por que os rejeito, visto que fica a partir de agora uma explicação pública. Note-se que isto não significa, como é óbvio, que as pessoas discordem do que aqui é escrito (como aliás já aconteceu), apenas se apela (imagine-se!!!) a que haja o mínimo de decoro e bom senso!
Bem sei que este post é do mais ridículo que há, mas infelizmente várias me circunstâncias obrigam a isto.

sábado, 16 de maio de 2009

Alegre a Presidente

Manuel Alegre já anunciou quase que oficialmente a sua candidatura à presidência da República. Uma estratégia curiosa e tudo menos ingénua. Aliás, não se chega onde Manuel Alegre chegou sendo ingénuo...
Ao longo destes três anos e meio foi conquistando o apoio da esquerda, sendo o principal rival de Cavaco Silva nas presidenciais, participando em iniciativas do Bloco de Esquerda, apontando discordâncias com o PS de Sócrates (que não é definitivamente o seu), ameaçando entrar em ruptura com o partido, revelando-se independente de aparelhos partidários... e, agora, não se reconcilia de vez com o PS, mas já dá um imenso motivo de descanso a Sócrates por se saber que não vai fundar partido algum e que não estará contra ele nas eleições. Simplesmente não estará ao seu lado.
Enfim, vai cultivando - como Cavaco - a imagem do político supra-partidário, não estando afecto intensamente a nenhum partido, desligando-se do grupo parlamentar, mostrando-se independente e dando a sua opinião sem condicionalismos político-partidários. A partir de agora será claramente one man show. Não tarda, ouvi-lo-emos criticar Cavaco Silva por isto ou por aquilo. É normal. É pré-campanha!
E, em 2010, a vaga de fundo chamará por Manuel Alegre, com vozes do PS (dos dois PS's - o Partido de Sócrates e o verdadeiro Partido Socialista), do PCP e do Bloco. Teremos Esquerda vs Direita, e, ou muito me engano, teremos um novo Presidente da República.

Haja responsabilidade!

Coisa rara: foi possível ouvir vozes responsáveis vindas da direcção da bancada parlamentar do PS!
Só Pedro Nuno Santos para ter a peregrina ideia de distribuir preservativos nas escolas secundárias! Em boa hora, Maria de Belém e José Junqueiro vieram colocar as suas reservas a essa proposta. Como ironizou José Junqueiro, achará Pedro Nuno Santos que como se distribui preservativos no Carnaval do Rio de Janeiro se pode fazer o mesmo com miúdos de 15, 16, 17 e 18 anos (e mais, nalguns casos)?
Por que será que a tónica comum das propostas do PS passa não por ir à raiz dos problemas mas sim por oferecer a solução final e mais fácil? Qual a lógica de aprovar uma proposta de educação sexual nas escolas quando o princípio que lhe subjaz é o facilitismo e não a responsabilidade?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Sem palavras...

Declarações de Elisa Ferreira, candidata do PS simultaneamente ao Parlamento Europeu e à Câmara do Porto:
"Mas primeiro, a drª Elisa vai ao Parlamento Europeu", acrescenta, de imediato, Alfredo Fontinha. "Vou só dar o nome e volto", garante, instintivamente, Elisa Ferreira.
"Pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS"
"Tem que votar em mim. Vota? E quantos leva consigo?".
Das campanhas mais reles que se pode fazer...

terça-feira, 5 de maio de 2009

O que Eça anda a perder...

A julgar pelos quilinhos que Paulo Rangel já tem, permito-me discordar do ministro Manuel Pinho quando diz que o candidato do PSD às europeias tem de "comer muita papa Maizena".
Só sei duas coisas: que o maior erro de Manuel Pinho foi ter aceite o convite para ser ministro, e que o cargo oferecido pelo PS a Basílio Horta tem o seu preço.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Até quando, Portugal?

É absolutamente chocante esta descaradíssima instrumentalização do Estado levada a cabo pelo PS. Para quem é concebível que o Ministério da Educação contacte uma escola pedindo depoimentos de crianças sobre as maravilhas do Magalhães e que depois esses vídeos sejam utilizados para um temp ode antena do PS? Alguma vez isto é aceitável? Moral?
É que não só é lamentável o PS servir-se do poder que tem no Governo para fazer campanha (abusando do poder e deixando cair as depesas no Ministério) como para além disso não informar os pais das crianças do fim verdadeira para o qual os vídeos foram feitos.
É um escândalo! E o País fica impávido a olhar, ainda balbuciando sobre se se deverá dar uma vitória com maioria absoluta a José Sócrates ou não! Quando será que os Portugueses se vão levantar e se deixar de fazer de ridicularizados? PS e Governo são neste momento entidades coincidentes como há muito não se via em Portugal!
Até quando, Portugal?

sábado, 25 de abril de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pré-campanha

José Sócrates já está claramente a preparar-se para as legislativas. Olhemos para o seu candidato às europeias, que, como já aqui escrevi, é uma "cenoura para a esquerda". É a oportunidade lançada pelo PM para atrair o eleitorado da esquerda e para o tentar apanhar até às legislativas. Aliás, Sócrates já está a tentar apanhar todo o eleitorado do seu próprio partido que se lhe escapou para a esquerda, lançando ataques ao Presidente da República - o malvado, o pessimista que alerta para as ideias faraónicas e irresponsáveis do Governo -, procurando vincar o seu lado socialista que não existe.
Dia após dia pergunto-me com cada vez maior insistência como possa haver quem confie em José Sócrates - alguém que, ao fim ao cabo, ninguém sabe verdadeiramente como é.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A cenoura para a esquerda

No meio de toda a sua incoerência, Sócrates mantém-se firme num ponto: praticando políticas que ora são de esquerda ora são de direita e perdendo o eleitorado verdadeiramente socialista, vê-se obrigado sucessivamente a apelar ao voto da esquerda.
Desta feita, o nosso PM foi buscar ao historial do PCP (ao PCP ainda mais retrógado do que aquele que hoje é) o Professor Vital Moreira, ilustre e reputado constitucionalista. O mérito académico que ninguém lhe tira contrasta com o desenquadramento do senhor em relação ao PS de hoje. Mais uma vez, Sócrates quer dar ao PS uma côr que hoje não tem, quer iludir os Portugueses de algo que o PS não é e fazer de Vital Moreira uma bandeira de políticas que o PS não apregoa.
E, claro está, quando se escolhe alguém para nos representar mas que não se identifica connosco, o mais provável é que não seja um espelho das nossas posições. Naturalmente que Vital Moreira não se podia opôr mais a Durão Barroso, e, agora, das duas uma: ou Vital Moreira entra nas politiquices baixas e diz que afinal já apoia Durão Barroso, ou José Sócrates arranja um grande problema a nível europeu e desmente o que já afirmou e retira o apoio a Durão Barroso - o que, digamos, não acontecerá.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vou-te mostrar

por Luís Roquette

Vou-te mostrar que as árvores riem p’ra ti
Vou-te mostrar que as estrelas dão sinais de si
Vou-te mostrar que o sol te aquece e te abraça
E que tudo não passa de saber viver
E contempla…

Olha a tua volta e pensa em Deus
Aquele que deu tudo e tudo aos seus
Entrega o teu estar e o teu olhar
Sem o reparar
Ele vai-te abraçar
Vai-te ajudar

Vou-te mostrar que isto basta p´ra viver
Vou-te mostrar que nada mais tu vais querer ter
Que nada mais tu vais querer ser
Apenas aquele que quer crescer

terça-feira, 31 de março de 2009

Com um abraço especial...

É profundamente comovente ver o amor que as pessoas têm a Deus, como deixam que Deus as ame a elas e deixam transparecer esse amor cá para fora.
É o auge do Amor! É um Amor-simplicidade, um Amor-humildade, um Amor-serviço, um Amor-entrega...
É um exemplo, uma força imensa e um hino à Vida! Graças a Deus!

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Papa e os media

Permito-me não me debruçar sobre aquelas que entendo serem as prioridades para a política externa do Estado do Vaticano, avaliando objectivamente a estadia de Bento XVI em África. Parece-me que a visita foi globalmente positiva.
Claro que assim que o Papa satisfez o desejo ardente dos jornalistas e falou dos métodos contraceptivos, mediaticamente a viagem ficou arruinada. Pouco interessou às pessoas que Bento XVI tivesse sido a única personalidade política (sim, lembremo-nos de que o Papa é chefe de Estado) dos últimos anos (décadas?) a denunciar em África, à frente dos estrategas e das cabeças daqueles regimes, a injustiça, as desigualdades e a corrupção existentes naquele continente. Claro que isto passou ao lado da opinião pública, e, de forma geral, a visita do Papa a África resumiu-se àquelas declarações sobre o preservativo.

Incompetência dos media, que não fizeram uma cobertura profissional da visita; e pouca perspicácia do Papa, que foi repetir algo que já todos sabiam e que previsivelmente iria condenar o périplo.

domingo, 8 de março de 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um bom exemplo de projectos


Acabo de vir da Quinta das Conchas (no Lumiar, em Lisboa) e é fantástico ver o excelente investimento que a reabilitação daquele parque foi. Todos os fins-de-semana a Quinta das Conchas enche-se de pais que levam os seus filhos a passear ou a andar de bicicleta, grupos que se juntam para jogar futebol, famílias e amigos que se encontram para tomar café e para apanhar um bocado de ar.
Durante a semana, muitas pessoas aproveitam aquele espaço para fazer jogging matinal (ou vespertino, por vezes), e outras tantas desfrutam daquele espaço durante longas tardes.
Trabalho meritório - faça-se justiça - de Pedro Santana Lopes enquanto presidente da Câmara de Lisboa (apesar de ter sido inaugurada por Carmona Rodrigues). Este tipo de projectos são essenciais para entregar a cidade às pessoas e para gerar qualidade de vida.

Os pré-conceitos da sociedade

Escrevia João Pereira Coutinho há uns dias:
"Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe, jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas, a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Aborto: dois anos depois

Pudesse eu votar há exactamente dois anos, e teria votado Não. Hoje, mais convictamente ainda o faria. Por questões de forma e de conteúdo.
1. Para mim, a regra é clara: aborto nunca! Como para qualquer regra, há excepções. Que excepções deverão então existir? Situações absolutamente graves a ponto de... serem justamente excepções! Ou seja: violação, grave deformação do feto ou risco de vida da mulher. Ponto!
2. A linha de pensamento vigente é a de que a mulher está no seu direito de dispôr do seu corpo. A mulher é dona do seu corpo. Acho isso tudo muito bem... mas pergunto: o que é que isso tem que ver com a questão do aborto? A criança é porventura algum órgão extra de carácter temporário e que ao fim de 9 meses é expelido do organismo da mulher? O feto tem um código genético diferente, é uma pessoa diferente, é algo distinto da mãe! Custa-me que nem isto seja consensual: o feto é uma criança que está dentro da barriga da mãe, e não uma parte da barriga da mãe!
3. Este tempo da nova lei do aborto tem deixado claro que, infelizmente, o aborto hoje é um método contraceptivo. É uma pílula do dia seguinte. E é-o por via da mentalidade de hoje – o álcool ou "a idade" são justificações comummente válidas para ter relações sexuais sem métodos contraceptivos. "Ah, foi do momento!", "Ah, na altura não dava!", "Ah, no calor do momento não nos lembrámos!"... E como são novinhos, têm a escola para acabar, é lugar comum considerar-se não que se vai tirar uma vida, mas sim que se vai garantir dois futuros brilhantes e cheios de sucesso (ou não, mas para o caso é irrelevante…). Conclusão: estranhamente (ou não), o aborto não é posto em função da criança! Numa sociedade que se afirma como querendo defender os mais fracos, os mais indefesos, etc. e tal, a pessoa mais vulnerável neste processo é aquela que por força da lei e da vontade popular é remetida para segundo plano!
4. Querem fazer sexo? À vontade! Mas meus amigos: se se consideram suficientemente maduros para terem relações sexuais, serão também maduros para saberem que há responsabilidades. Máxima liberdade, máxima responsabilidade!
5. Esta lei seria viável (e, ainda assim, dela discordaria por uma questão de princípio mas não de consequências práticas) numa sociedade em que as decisões fossem sempre iluminadas pelo bom senso. Mas a própria prática nega isso mesmo, portanto, ainda que reconheça que a anterior lei não fosse perfeita, parece-me que era claramente preferível à actual.
6. Dizia o Sim que era chocante apelidar de criminosa uma mulher que abortasse fora das circunstâncias previstas anteriormente na lei. E votar Sim não foi dizer que serão criminosas todas aquelas que abortarem depois das 10 semanas, como de resto recentemente aconteceu numa clínica ilegal?
7. Realizou-se este referendo devido a preocupações sociais. Ora, se a opção da despenalização do aborto não visa simplesmente recorrer a um meio mais facilitista, pergunto: que tem o Estado feito, p.e., pelas adolescentes grávidas que tentam não abortar? É que na verdade já desde 98 que os movimentos pelo Não andam em trabalho de campo, no dia-a-dia, em associações que acolhem crianças ou que apoiam jovens grávidas, mas ao Sim só vejo mexer-se em 98 e em 2007 para organizar campanhas.
8. Importa ainda enquadrar no tempo a realização do referendo: o Governo dito socialista, que na sua governação estava a ser tudo menos socialista, tinha de satisfazer os desejos da esquerda. Este referendo para mim - e pela atenção que tem sido dada (ou não) ao aborto desde então - não foi mais do que um rebuçado que Sócrates deu ao eleitorado da esquerda descontente com o seu Governo. Ou seja: fazerem-me de parvo, não, obrigado!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Seis referências

O Zé Maria lançou-me um desafio no Toques de Deus que consta em revelar seis coisas sobre mim. Acho que se enquadra muito bem no aniversário do Bazar, para que os leitores que não me conhecem tenham a possibilidade de saber mais qualquer coisa do que as minhas posições sobre uns quantos assuntos.
Para falar de mim, decidi escolher seis pessoas que constituem uma referência para mim por aquilo que explico.
  • João Paulo II: pela imensa inteligência em saber chegar às pessoas da melhor forma e em saber conquistar aqueles que seriam "inconquistáveis"
  • Barack Obama: pela capacidade de mobilização, de chamar as pessoas para algo (a política) de que estavam afastadas e sublinhar o papel fundamental que elas têm na sociedade
  • São Francisco Xavier: pelo inconformismo e por, ainda que tendo um certo tipo de vida garantido, ousar arriscar por amor a Deus
  • O meu avô paterno: pelo exemplo de liderança e pela força contagiante
  • Santo Inácio de Loyola: pela sua superior inteligência em criar algo tão fantástico como os Exercícios Espirituais
  • Luís de Camões: pela sua genialidade literária e pelo seu patriotismo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Na sequência deste primeiro aniversário, cumpre-se fazer uma avaliação do melhor e do pior do blogue. Assim, inaugurei um espaço de sondagem que procura perceber quais são os principais interesses dos visitantes do Bazar, para que procure, sempre que ache oportuno e me seja possível, ir ao encontro das suas preferências - sem prejuízo da liberdade e da vontade que os bloggers têm :).
Destaco ainda o logotipo oficial do aniversário - incluído no header - criado pela simpatia e pelos dotes artísticos do Zé Maria CR, a quem desde já se agradece.
P.S.: Quem quiser, utilize a caixa de comentários para deixar críticas ou sugestões em relação ao blogue.

Um ano!

Hoje, o Bazar faz um ano de vida!
Fruto desta experiência, de certo modo fui-me obrigando a escrever em situações em que, se não houvesse blogue, não escreveria em lado nenhum. Vejo uma certa noção de responsabilidade perante os leitores, que esperarão um mínimo de regularidade e posts minimamente ponderados e reflectidos.
Destaco as muitíssimo saudáveis experiências de debates acesos, os posts que me deram um gozo especial escrever dada a emoção a que aqueles temas me apelam, e o conhecimento que fui travando de outros blogues e bloggers.
Prometi à minha amiga Nônô, do Fiat, eterno companheiro destas andanças, que um dia criaria os Bazar Fidelity Awards, premiando os leitores/comentadores mais regulares e fiéis a este blogue. Por motivos de agenda, o programa das comemorações deste primeiro aniversário não foi tão planeado quanto eu gostaria, mas - para já - fica o muito obrigado a todos aqueles não só que deixam os seus comentários aqui, mas também aos que não expressando a sua opinião, não deixam de - numa pausa de estudo, de trabalho, whatever - dar um salto ao Bazar Diplomático ler os meus desabafos políticos e as minhas pequeníssimas partilhas de oração.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Que prioridades?

Impressiona-me ver o gap que se tem acentuado entre as altas instituições da Igreja (repito: altas instituições da Igreja) e as pessoas.
O mundo vive momentos difíceis e sinto que a imagem que a Igreja passa sobretudo para os não-crentes - uma vez que os católicos, pedras constituintes da própria Igreja, conhecem melhor o trabalho que esta desenvolve no terreno, no dia-a-dia - não é a melhor. Vejo um Papa com prioridades não coincidentes com as do mundo e que não vão ao encontro dos problemas dos homens. O ponto nem é a radicalização das suas posições em certos aspectos, mas sim o reduzido envolvimento nas grandes questões mundiais.
De Bento XVI exigir-se-ia a criação de um movimento que pensasse a actual crise financeira, que pusesse a Igreja a trabalhar em linhas condutoras, como fizeram João XXIII na Mater et Magistra, Paulo VI na Gaudium et Spes e na Populorum Progressio ou João Paulo II em infindáveis intervenções. Da Igreja não se exigem soluções para a crise, mas espera-se não só palavras de esperança no mundo mas também uma noção de acompanhamento da situação e de uma postura pró-activa.
Os princípios de defesa da vida já o mundo conhece. Aquilo que as pessoas precisam de ver é um Papa a visitar as sociedades ocidentais capitalistas em queda, e aí, junto delas, oferecer o seu apoio e o da Igreja; visitar um Médio Oriente que vive em sobressaltos dia após dia; ir a uma Ásia onde a Igreja entra com dificuldade. A Igreja não pode bipolarizar a sua acção no discurso da vida humana e no apoio aos países subdesenvolvidos. Na linha de João Paulo II, penso que deve enquadrar-se na sociedade moderna e virar-se para os problemas que a atingem, como até já fez Paulo VI na carta apostólica Octogesima Adveniens, onde alertava para os problemas sociais gerados pelo progresso científico, para a urbanização, para os media e para o ambiente.
João Paulo II ganhou o respeito que ganhou porque conquistou o mundo ao falar a mesma linguagem, viver os mesmos problemas e trabalhar ao lado dos homens. E é isso que o mundo espera (das altas instituições) da Igreja.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Jesus no século XXI

Jesus Cristo versão jeans-rotos-no-joelho-e-um-skate-debaixo-do-braço (por AC)

Já me estou a irritar com o excessivo número de posts só com links que tenho publicado aqui, mas não posso deixar de mostrar este post fantástico que o AC da Corneta do Diabo - agora adicionado à lista de "Outros postos" - fez.
Os mais cépticos não se assustem com o título, porque garanto que é um post com piada, muitíssimo pertinente, com pontos muito interessantes... e com uns desenhos engraçadíssimos!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pouco noticiável

José Manuel Fernandes, no Público: "O grande problema são os milhares de empresas que estão a dispensar um ou dois trabalhadores. As empresas que não são notícia nem dão palco a nenhum ministro."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Noutros tempos, já teríamos Governo em gestão.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tudo isto há quatro anos...

Não que seja propriamente fã de Santana Lopes, mas se esse senhor fosse Primeiro-Ministro e se fosse Presidente da República o digníssimo senhor doutor Jorge Sampaio, que consequência teriam, por exemplo:
  • um ministro de Estado demitir-se ao fim de 4 meses
  • perder-se dois ministros de Estado ao fim de 1 ano
  • perder-se três ministros de Estado ao fim de 2 anos
  • ter um ex-ministro de Estado a criticar o Governo de que fez parte
  • distribuir computadores a meninos, e no final da cerimónia mandá-los recolher
  • o Primeiro-Ministro ser investigado pelas autoridades portuguesas e inglesas num caso como o do Freeport
  • polícias andarem a visitar sindicatos nas vésperas de manifestações
  • ter uma manifestação de 100.000 professores
  • ter um ministro das Obras Públicas que apelida a margem sul de "deserto"
  • ter um ministro das Obras Públicas que diz que um aeroporto na margem sul "jamais"*
  • ter um ministro da Economia que diz que Portugal é um país atractivo... porque pratica salários baixos
  • entre outros...

Dois pesos e duas medidas... Por parte da classe política, dos media e do povo.

* Devido a um erro, foi alterado "aeroporto na Ota" para "aeroporto na margem sul"

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ao nível da TVI

Há uns tempos indagava-me sobre a programação das noites de Domingo: Conta-me como foi ou Equador? Dada a coincidência de horários, via-me obrigado a assistir pela televisão ao Conta-me como foi e depois ia ver, quando podia, o Equador ao youtube. Ontem, devido a alterações na programação, foi possível ver ambos na mesma noite.
Foi interessante notar a clara diferença no que diz respeito à qualidade de uma produção da RTP e de uma da TVI. O Conta-me como foi pode não ser a maior produção de sempre da história da televisão portuguesa - mas também não se sujeitou desnecessariamente a viajar por quatro continentes ou a duplicar os episódios que seriam necessários para retratar a história descrita por Miguel Sousa Tavares. Este Equador só é possível na TVI. É uma versão Morangos com Açúcar para adultos, com a ressalva de ter muitos actores de grande qualidade. De resto, os cenários feitos a computador, os diálogos miseráveis, as cenas de sexo repetitivas e insistentes, e os episódios de telenovela que resolveram meter lá para o meio da história só tornam uma obra que daria uma excelente série numa coisa simplória e de qualidade duvidosa.

sábado, 24 de janeiro de 2009

President of the United States of America

Este 20 de Janeiro - estou certo - terá sido dos mais marcantes e expectantes para o mundo de todos os 20 de Janeiro que de quatro em quatro anos se repetem. Obama - independentemente de se gostar mais ou menos dele - imprime um novo fôlego ao mundo. Um fôlego de que precisamos todos. Podemo-nos queixar da herança de Bush (que a História, parece-me, vai pintar com cores menos fortes do que as de hoje), mas podemos sobretudo focarmo-nos na actualidade e nos próximos anos, nos variadíssimos desafios que são postos ao mundo e aos seus líderes - a crise mundial e os conflitos do Médio Oriente e do Afeganistão.
Não deixa de ser caricato ver a esquerda europeia firmemente laica colada à televisão na passada terça-feira, enquanto simultaneamente "papava" as orações naquele american style.
So help him God.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Portugal no Mundo

Fico - ficamos, suponho - satisfeito por ver um Português ganhar a distinção que ontem Cristiano Ronaldo ganhou. Sobretudo um Português que não se pinta como sendo Espanhol e que faz questão de vincar bem as suas raízes.
A Argentina tem o Maradona, e Maradona será para sempre um símbolo daquele país. Também Portugal ficará eternamente "colado" a Cristiano Ronaldo. É uma publicidade ao nosso País que não tem qualquer preço, mas que valerá muito mais do que outras campanhas que se possam tentar fazer.
Mas sejamos justos, e fale-se não só da distinção que Portugal recebeu das mãos da FIFA, mas também daquela que recebeu da presidência do Parlamento Europeu, ao conceder à sua Biblioteca o nome Francisco Lucas Pires.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Recarregar baterias

É altamente estimulante e um verdadeiro impulsionador de energia e de forças comungar uma Companhia especial a meio da semana, para agradecer... ou simplesmente para desfrutar daquele tempo. Com calma e intimidade.

"Maravilhas" - por Maria Durão e Luís Roquette

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Insuportavelmente o mesmo

A entrevista que Sócrates hoje deu à SIC foi típica. Foi típica na forma e no conteúdo.

Na forma, porque Sócrates manteve a sua arrogância, a sua superioridade, a continuar a passar os seus atestados de burrice às pessoas que com ele falam, a sua hipocrisia e a sua falta de humildade. Basta ver as caras e os olhares de esgar que faz sobretudo ao Ricardo Costa, ou o desprezo que dá a certos comentários.
No conteúdo (ou na falta dele), por com uma habilidade manhosa e já insuportável, fugir a perguntas. Ficou-me especialmente atravessada aquela da mudança no OE 2009 dos milhões que o Governo que se lhe seguir (em 2013) vai ter de pagar pelas obras públicas que Sócrates está a empreender. Pelo menos temos a garantia de que naquele ano não se vai recandidatar.
De menos comum, só talvez o facto de não ter entrevistadores que pareciam ter as perguntas previamente alinhadas com o Gabinete do PM.

Precisamos d'Ele

Quando estou a ler algo que adorava ter escrito, fico sempre a anuir com a cabeça enquanto a leitura decorre, e já a imaginar o que vem a seguir, porque é a sequência lógica e aquela com a qual concordo.

Foi o que aconteceu aqui, onde Deus e a necessidade que o Homem de se apegar a alguma coisa dão mote a um post fantástico da Nônô, no nosso amigo Fiat Lux.

domingo, 4 de janeiro de 2009

A Direita na oposição

Diário de Notícias de hoje:

Filipe Anacoreta Correia: "CDS sofre de falta de pluralidade, tem de fazer renovação profunda"
António Sampaio e Mello: "PSD não tem estratégia".

Dilemas de Domingo à noite

Perante a RTP1 que apresenta o Conta-me como foi e a TVI que põe no ar o Equador, tudo à mesma hora, por que se deve optar?