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Na Grã-Bretanha, Tony Blair, ao fim de dez anos como PM, abandonou as suas funções para Gordon Brown. Aquando da eleição que consagrou Tony Blair como líder dos Trabalhistas, muito se falou de quem seria o candidato: Blair ou Brown? Brown ficou dez anos à espera do seu momento. Um ano depois de o momento ter chegado, parece que a situação está mais negra do que nunca. Fala-se em forçar a saída de Gordon Brown da liderança do Partido Trabalhista e do Governo a fim de evitar um desaire nas legislativas como as eleições locais já apregoaram.
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Outros casos poderiam ser ilustrativos de uma realidade: a de que ao fim de um longo período com uma liderança forte, o partido tende a enfraquecer.
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Resta saber se é uma debilidade natural dos partidos, ou se é, para esses mesmo líderes, uma forma de serem sempre um D. Sebastião e acabarem por aparecer isolados na História como um foco centralizador de poder e de sucessos eleitorais.
1 comentário:
O caso de Cavaco Silva é claramente o de uma pessoa que utilizou o partido exclusivamente para poder exercer o poder ( o que nao censuro ). Se não tivesse de ter uma base partidária para ser primeiro-ministro, o prof. Cavaco por certo seria um candidato independente. É uma pessoa avessa à discussão, ao debate de ideias, e portanto o PSD ficou resumido, de 85 a 95 ao Governo. O PSD era o Governo, o Governo era o PSD. Quando o líder desta concentricidade sai, é óbvio que fica tudo perdido.
Acho que o que aconteceu não foi por Cavaco pensar "quero que isto fique da maneira X para todos perceberem como eu faço falta". Não que a ideia nao lhe agrade, mas parece-me que isto aconteceu por via das circunstancias, por Cavaco se dar melhor com aquele tipo de fazer politica ...
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